28/06/2024
Vamos conversar sobre Saúde Mental?
Por Luciana Tavares
No dia 28 de junho, celebramos o Dia Intrnacional do Orgulho LGBTQIAPN+, uma data fundamental para refletirmos sobre as questões que afetam essa comunidade. Luciana Tavares psicóloga do Vida e Juventude traz à tona a importância da saúde mental entre pessoas LGBTQIAPN+, um tema que, apesar de urgente, ainda enfrenta estigmas e preconceitos. Falar sobre saúde mental na população LGBTQIAPN+ se mostra como um tema urgente, ainda que muito estigmatizado.
A temática carrega muitos preconceitos, falácias e uma grande negação de sua importância. A cultura da violência e LGBTfobia propaga desrespeito, agressividade e ofensas, afetando diretamente a saúde mental das vítimas. Com isso, há grande dificuldade de acesso a serviços básicos de saúde pública, métodos contraceptivos e espaços de cuidado e lazer, além de adversidades nas relações familiares.
De acordo com a organização sem fins lucrativos, National Alliance on Mental Illness, pessoas LGBTQIAPN+ têm duas vezes mais chances de desenvolver uma condição de saúde mental mais instável que pessoas heterossexuais, e pessoas transgênero têm esta probabilidade quatro vezes maior do que pessoas cisgênero. Dentre as questões de saúde mental que podem ser enfrentadas por essa população, destacam-se a depressão, ansiedade, transtorno pós-traumático e tentativas de suicídio ou suicídio consumado.
As estratégias de cuidado com a saúde mental da população LGBTQIAPN+ podem envolver o fortalecimento de redes de proteção, como amizades e até grupos de apoio dentro da própria comunidade, o acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico e a realização de atividades de autocuidado. Porém, compreende-se que o sofrimento não é individual, sendo de extrema importância ações coletivas no combate ao preconceito, sensibilizando a sociedade na promoção de políticas públicas inclusivas e acesso a serviços de saúde – inclusive mental – adequados.
O campo de ação é complexo e demanda atuação contínua por parte da sociedade para que possamos, juntos, construir um ambiente mais acolhedor e justo para todos.
Luciana Tavares, psicóloga formada na Universidade de Brasília, especialista em Direitos Humanos nas Relações Étnico-raciais, Gênero e Diversidade
Onde procurar apoio e informações:
CREAS Diversidade - Centro de Referência Especializado da Diversidade Sexual, Religiosa e Racial
Endereço: SGAS 614/615 Lote 104 (L2 Sul)
Ambulatório de Diversidade de Gênero – Ambulatório TRANS
Endereço: EQS SUL 508 509, Asa Sul.
Telefone: (61) 3242-3559.
Horário de atendimento: Segunda a sexta-feira 7h às 12h e das 13h às 19:00h.
Marcação de consulta retorno: pessoalmente, nos horários 07:00 às 12:00h e das 13:00 às 18:00h.
Casa Rosa
Casa de acolhimento, apoio e garantia de direitos para população LGBTIQAP+ do DF e Entorno.
Rede social: https://www.instagram.com/casarosadf/
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