Marcha das Mulheres Negras ocupa Brasília por Reparação e Bem Viver
- ASCOM

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Atualizado: há 3 dias
01/12/2025
Dez anos após a histórica marcha de 2015, ato reúne centenas de milhares de mulheres na Esplanada dos Ministérios e reafirma o protagonismo das mulheres negras na luta por direitos, territórios e bem viver.

No dia 25 de novembro, representantes do Vida e Juventude se somaram a caravanas de todo o país para marcar presença na 2ª Marcha das Mulheres Negras. Dez anos depois da primeira marcha, a Esplanada dos Ministérios voltou a ser ocupada pela força e organização das mulheres negras, em um ato que reuniu centenas de pessoas vindas de diferentes territórios do Brasil e de outros países.
Com o lema “Por Reparação e Bem Viver”, a mobilização pautou a urgência de políticas de reparação histórica e de um projeto de sociedade em que as mulheres negras possam viver com dignidade, segurança e direitos garantidos. Nas faixas, nos cantos e nos corpos que marcharam, estiveram presentes reivindicações por justiça racial, enfrentamento ao racismo e às violências, acesso à saúde, educação, moradia e trabalho digno, políticas para os territórios quilombolas e para o combate ao racismo ambiental, entre outras agendas fundamentais para a vida do povo negro.

Entre as participantes estava Xifroneze Santos, quilombola do Quilombo Caraíbas (SE), representando a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Para ela, a marcha é um chamado potente em defesa da vida e dos territórios quilombolas:
“Esse momento é muito importante porque, em um país onde muitas vezes nossas vozes são invisibilizadas, somos nós que mostramos para o Brasil e para o mundo quem somos e em que quantidade estamos. Quando marchamos por reparação e bem viver, estamos dizendo à sociedade e aos governos que eles precisam assumir seu papel e atender às demandas das mulheres negras”.
Reparação e Bem Viver como projeto de futuro
A marcha também foi pautada pelo Manifesto das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver, documento político construído coletivamente por organizações e movimentos de mulheres negras ao longo do processo de mobilização e publicado na página oficial da Marcha. O texto reúne eixos e reivindicações que conectam a luta contra o racismo e o patriarcado à exigência de reparação histórica, defesa dos territórios, justiça social, justiça climática, políticas públicas integradas e democracia com justiça racial, reafirmando que não há possibilidade de igualdade e bem viver sem que o Estado enfrente de forma estruturante as violências que marcam a vida das mulheres negras.

Quem quiser conhecer na íntegra as propostas e análises presentes no documento pode acessar o manifesto completo aqui: Manifesto das Mulheres Negras por Reparação e Bem Viver.
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ASCOM - Vida e Juventude
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