26/11/2014
Evento propõem discussões sobre caminhos e estratégias para fortalecer o trabalho de base
No início deste mês, Brasília sediou o I Seminário da Rede de Mobilização Popular Paz e Esperança, realizado no Auditório do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (SINPRO). O evento reuniu lideranças sociais, ativistas e representantes de diversas organizações para promover o diálogo entre movimentos sociais e governos, além de discutir e articular estratégias para a construção de políticas públicas participativas. O seminário aconteceu no último dia 9 de novembro e teve como tema "Fortalecer o Trabalho de Base: Redes, Ruas e Palácios".
A Rede Paz e Esperança foi criada após as eleições de 2022 com o objetivo de articular grupos que atuaram nas campanhas eleitorais e dar continuidade ao trabalho de mobilização e formação de base em torno das lutas populares locais. Segundo Daniel Higino, servidor da Secretaria de Educação e membro da coordenação da Rede, o movimento nasceu da necessidade de manter vivo o processo de conscientização e formação política.
"Nós chegamos a um entendimento de que não poderíamos ficar só com as eleições. O processo de conscientização e formação política é contínuo, tem que ser permanente. Reunimos vários companheiros e companheiras de grupos que têm trabalhos de paz nas periferias e constituímos a Rede de Mobilização Popular Paz e Esperança", explicou.
Eixos e Reflexões
A mesa principal do seminário contou com a participação de Fernanda Sarkis, do Instituto Formiga; Tobias Pereira, liderança do Movimento dos Trabalhadores por Direito; e o deputado distrital Gabriel Magno (PT-DF).O seminário buscou fortalecer as linhas de ação propostas pela Rede, organizadas em três eixos: Redes, Ruas e Palácios.
"Esse primeiro seminário fortalece o trabalho de base, pegando a dinâmica que a Rede tem trabalhado. Nas Redes, não se trata apenas de criar redes sociais, mas também de ocupar esses espaços. No eixo Ruas, precisamos fortalecer o trabalho de paz e a formação política, além de ocupar as ruas com as demandas populares para pressionar os governos. E, por fim, os Palácios: não basta trabalhar apenas na base, é necessário que os mandatos eleitos estejam em sintonia com o que acontece no dia a dia das comunidades", destacou Higino.
Tobias Pereira apresentou uma reflexão significativa sobre o trabalho de formação e mobilização de base, destacando a importância do diálogo, da diversidade e da pluralidade que compõem a base. Ele ressaltou a necessidade de buscar estratégias e caminhos que se conectem com a realidade das pessoas, promovendo uma mobilização política mais efetivade.
Fernanda Sarkis abordou a interdependência entre os eixos do seminário, destacando que rede, ruas e palácios estão conectados e não é possível compreendê-los de forma separada. Ela ressaltou a importância de entender essa complexidade e como isso impacta o trabalho de base, além de enfatizar o diálogo e a escuta no processo de mobilização. "Precisamos de uma escuta que não seja preconceituosa, que vá além do que parece contraditório ou fora do lugar. É exatamente aí que devemos observar e escutar mais", afirmou.
Gabriel Magno destacou o seminário como um espaço de conexão e reflexão coletiva sobre a atuação da esquerda diante dos desafios conjunturais. "O seminário contribui muito para pensarmos nossa atuação na comunicação, nos movimentos sociais e sobre a nossa força", concluiu.
Representatividade e Continuidade
A Rede Paz e Esperança é composta por organizações, coletivos e grupos da sociedade civil, como a Associação de Moradores Força e União, a Associação Nairin, o Coletivo Família Hip-Hop, a Cáritas Paroquial de São José de Santa Maria, o Vida e Juventude, a Associação de Moradores da Asa Sul, as Comunidades Eclesiais de Base de Sobradinho e de Santa Maria, o Instituto Padre Antônio de Ceilândia, lideranças da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), entre outros. Essa diversidade reforça a força do movimento na articulação de demandas populares.
Para mais informações sobre a Rede, entre em contato pelo WhatsApp: 61 9163-1528.
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ASCOM - Vida e Juventude
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