Dia Mundial em Memória Das Vítimas do Holocausto
“O Holocausto é o nome que se dá para o genocídio cometido pelos nazistas ao longo da Segunda Guerra Mundial e que vitimou aproximadamente seis milhões de pessoas entre judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais, opositores políticos, este, foi o resultado final de um processo de construção do ódio de uma nação contra um grupo específico que vivia na Europa.
Quando o partido nazista surgiu, em 1920, o antissemitismo era um elemento que já fazia parte da plataforma do partido, sua presença no Nazismo, durante sua fundação, era perceptível no programa do partido, que afirmava que nenhum judeu poderia ser considerado cidadão alemão.
O antissemitismo alemão partia do pressuposto de que a raça alemã era superior e de que os judeus eram responsáveis por todos os males da sociedade alemã. Hitler e os nazistas começaram por colocar nos judeus a culpa da derrota alemã na Primeira Guerra Mundial por meio da “teoria da punhalada nas costas”.
Quando os nazistas assumiram o poder na Alemanha, em 1933, o processo de exclusão e de violência contra os judeus foi iniciado de maneira progressiva. O discurso nazista, aliado à doutrinação realizada na sociedade alemã, tornou os judeus bodes expiatórios e vítimas de perseguição intensa, não só por parte do governo, mas também pelos civis.”
O dia 27 de Janeiro é um dia de lembrança em nome dos milhões de vítimas provocadas pelo genocídio da Alemanha Nazista sobre os judeus, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, opositores do regime nazista, entre muitos outros, ocorrido durante a II Guerra Mundial.
A cada ano a ONU (Organização das Nações Unidas) seleciona um tema para esta data.
Neste ano, o tema para a data é “75 anos depois de Auschwitz – Educação sobre o Holocausto e Memória para Justiça Global”. Ele reflete a importância contínua, 75 anos depois do Holocausto, de uma ação coletiva contra o antissemitismo e outras formas de preconceito para garantir o respeito pela dignidade e os direitos humanos de todas as pessoas, em todos os lugares.
Lembrando 75 anos desde a libertação do campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau, especialistas independentes em direitos humanos da ONU disseram nesta quinta-feira (23) que “ações urgentes” são necessárias para combater o crescente antissemitismo no mundo.
“Neste momento solene, designado como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, Estados em todo o mundo estão falhando em combater suficientemente a violência antissemita, a discriminação e a hostilidade em suas sociedades ou em garantir que suas populações sejam educadas adequadamente sobre o Holocausto”, disseram os relatores em um declaração conjunta.
O documento elaborado pelos relatores sobre liberdade de religião ou crença e pelo relator especial sobre formas contemporâneas de racismo, apresentado à Assembleia Geral da ONU no ano passado, descreve um aumento dramático no antissemitismo relatado em muitos países e no ambiente online.
“Instamos todas as pessoas envolvidas, todos os líderes, a lê-lo, estudá-lo e implementar suas recomendações com urgência”, aconselharam os especialistas independentes, referindo-se ao documento.
Eles também ficaram alarmados com as informações documentando a ampla negação do Holocausto, particularmente online, e as pesquisas que refletem que grandes populações ignoram a desumanização e a perseguição ocorrida no período.
Além disso, as mídias sociais estão sendo mal utilizadas para perpetuar estereótipos e preconceitos antissemitas.
“O antissemitismo, alimentado por líderes políticos e deixado sem controle, ameaça não apenas os judeus, mas também outras minorias e comunidades vulneráveis, e os próprios fundamentos das sociedades democráticas”, alertaram.
“Agora, 75 anos após a libertação de Auschwitz, lamentamos as vítimas do Holocausto e exortamos solenemente os Estados a redobrar seu compromisso de combater essa ameaça inaceitável, porém recorrente.”
